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quinta-feira, 3 de março de 2016

Hérnia de Disco e a Corrida

Nossa coluna vertebral é formada por “unidades funcionais”, constituídas por duas vértebras adjacentes e tecidos interpostos que as conectam, dentre estes, o disco intervertebral. Este por sua vez é um órgão elástico que absorve a carga e os impactos impostos contra a força da gravidade e outras forças que atuam sobre nosso corpo. É subdividido didaticamente em duas partes: a mais externa é o anel fibroso, e o centro denominado núcleo pulposo.

Este núcleo pulposo possui um líquido (gel coloidal) que é incompressível. Desta forma, quando a

As causas mais comuns são: hereditariedade, fraqueza ou desequilíbrio muscular, exercícios de força realizados com má postura, exercícios com sobrecarga axial (peso extra apoiado sobre os ombros, por exemplo), nutrição inadequada e traumas.

O grande problema é que quando o indivíduo adquire uma hérnia de disco, normalmente, interrompe as suas atividades físicas por longos períodos, às vezes abandonando de vez a vida ativa. O que estas pessoas não sabem é que para nutrir os discos intervertebrais é preciso movimento, compressão adequada e controlada, preservando assim as características funcionais do disco. Quando isso não ocorre, a tendência é de desnutrição e consequente piora da mobilidade e função desta região. Relembro que estas atividades devem ser prescritas por profissionais especializados e com acompanhamento médico.

Relacionando com a corrida, esta por sua vez uma atividade com compressões sucessivas sobre a coluna vertebral (normalmente, compressões de baixa intensidade), a hérnia de disco nem sempre é incapacitante. Tudo depende do tipo de acometimento (protusão ou hérnia), da região acometida (cervical, torácica ou lombar), se existem estruturas comprimidas e as alterações posturais que o indivíduo possui. Quanto mais baixo o acometimento, maiores chances de compressão, pois a coluna recebe mais carga nas regiões inferiores com a corrida.


Existem duas alternativas para o tratamento de hérnias: intervenção conservadora e intervenção cirúrgica. A conservadora deve ser tentada na maioria dos casos de hérnia, onde existem 3 fases: redução da dor, reabilitação física e funcional e manutenção. Nenhuma destas fases deve ser deixada de lado. Basicamente consiste em fortalecer e alongar os músculos que envolvem a coluna e a pelve (no caso da corrida). Existem vários protocolos onde fisioterapeutas e educadores físicos trabalham de maneira interdisciplinar para o sucesso da recuperação.

Finalizando, qualquer acometimento sobre a coluna deve ser avaliado por médico ortopedista, e quando existe compressão nervosa, pelo neurologista, liberando ou restringindo atividades físicas. É fato que fortalecimentos específicos deverão ser realizados pelo resto da vida para os que querem permanecer ativos na corrida. Algumas alterações no treinamento também podem auxiliar como evitar a corrida em descidas (aumento da compressão), calçados adequados, piso de treino (esteira ao invés de rua) e redução da velocidade de corrida.

Fonte: Vai correndo

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